Um terço de adultos acima de 35 anos apresenta gordura no fígado e maior risco de desenvolver diabetes tipo 2
- 17/04/2023

FOTO: VINÍCIUS MARINHO / FIOCRUZ IMAGENS
A presença de gordura no fígado afeta 35,1% de 8.166 participantes de uma pesquisa que investigou fatores relacionados ao desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares e outras condições crônicas.
O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e colaboradores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O documento foi publicado na edição de sexta-feira (14) da revista Cadernos de Saúde Pública.
A pesquisa aponta que o aumento da gordura no fígado, condição encontrada em pessoas que desenvolvem doença hepática gordurosa não alcoólica, também está associada a outras taxas preocupantes para a saúde, como alto índice de massa corporal (IMC) e triglicerídeos.
De acordo com o estudo, a maior prevalência foi encontrada em indivíduos do sexo masculino e com obesidade, que também possuía um nível mais baixo de escolaridade e de atividade física.
Os mais de 8 mil participantes, com idades de 35 a 74 anos, foram acompanhados por cerca de quatro anos por meio de entrevistas e exames clínicos que coletaram dados sociodemográficos e de saúde. Os pesquisadores apontaram que a presença de gordura no fígado aumentou em 30% o risco de se desenvolver diabetes.
Esse é o primeiro estudo a confirmar o risco do desenvolvimento de diabetes em indivíduos com gordura no fígado numa população da América do Sul, corroborando dados existentes acerca da associação entre as duas condições de saúde. A perspectiva é continuar acompanhando essa coorte de indivíduos e produzindo conhecimento sobre diversas condições crônicas não transmissíveis, comenta Luciana Costa Faria, autora do artigo.
O cenário nutricional do Brasil justifica o aumento dos índices de sobrepeso, obesidade e diabetes. A doença hepática gordurosa não alcoólica é uma condição de alta prevalência, que chega a alcançar um índice de cerca de 25% da população geral, segundo a pesquisadora.
A pesquisa também tem o objetivo de aconselhar e recomendar mudanças significativas nos hábitos de vida, principalmente atividades físicas regulares, dieta saudável, perda de peso e controle dos demais fatores metabólicos, diz Faria.
Por Yanne Vieira
Miséria.com.br
O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e colaboradores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O documento foi publicado na edição de sexta-feira (14) da revista Cadernos de Saúde Pública.
A pesquisa aponta que o aumento da gordura no fígado, condição encontrada em pessoas que desenvolvem doença hepática gordurosa não alcoólica, também está associada a outras taxas preocupantes para a saúde, como alto índice de massa corporal (IMC) e triglicerídeos.
De acordo com o estudo, a maior prevalência foi encontrada em indivíduos do sexo masculino e com obesidade, que também possuía um nível mais baixo de escolaridade e de atividade física.
Os mais de 8 mil participantes, com idades de 35 a 74 anos, foram acompanhados por cerca de quatro anos por meio de entrevistas e exames clínicos que coletaram dados sociodemográficos e de saúde. Os pesquisadores apontaram que a presença de gordura no fígado aumentou em 30% o risco de se desenvolver diabetes.
Esse é o primeiro estudo a confirmar o risco do desenvolvimento de diabetes em indivíduos com gordura no fígado numa população da América do Sul, corroborando dados existentes acerca da associação entre as duas condições de saúde. A perspectiva é continuar acompanhando essa coorte de indivíduos e produzindo conhecimento sobre diversas condições crônicas não transmissíveis, comenta Luciana Costa Faria, autora do artigo.
O cenário nutricional do Brasil justifica o aumento dos índices de sobrepeso, obesidade e diabetes. A doença hepática gordurosa não alcoólica é uma condição de alta prevalência, que chega a alcançar um índice de cerca de 25% da população geral, segundo a pesquisadora.
A pesquisa também tem o objetivo de aconselhar e recomendar mudanças significativas nos hábitos de vida, principalmente atividades físicas regulares, dieta saudável, perda de peso e controle dos demais fatores metabólicos, diz Faria.
Por Yanne Vieira
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