Antes, a devolução só podia ser feita a partir da conta usada na fraude. Porém, golpistas costumam sacar ou transferir o dinheiro rapidamente para outras contas, dificultando o rastreamento e reduzindo as chances de recuperação dos valores.

Com as novas regras o sistema do PIX poderá rastrear com mais precisão o caminho do dinheiro, permitindo a devolução mesmo após os valores terem deixado a conta original do golpista. A adoção é opcional até 2 de fevereiro de 2026, quando as regras tornam-se obrigatórias para todas as instituições financeiras.

O Banco Central afirma que a medida deve aumentar a identificação de contas usadas em fraudes e ampliar a recuperação de valores, contribuindo para desestimular esse tipo de crime. Além disso, o compartilhamento de informações entre instituições deve impedir que essas contas continuem sendo utilizadas em novas ações fraudulentas.

Transação sem interação humana

Desde 1º de outubro, todos os bancos e instituições financeiras já disponibilizam em seus aplicativos uma funcionalidade que permite ao usuário contestar transações de forma automática no ambiente PIX, sem necessidade de atendimento humano.

É por esse canal que a vítima deve solicitar a devolução de valores obtidos por meio de fraude. O autoatendimento do MED (Mecanismo de Devolução) promete agilizar o processo, aumentando a chance de que ainda haja recursos na conta do fraudador para viabilizar o reembolso.