Dois menores de 15 anos foram os executores do triplo homicídio em Juazeiro
- 22/09/2025
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CH e o motorista Totó foram os dois jovens presos no Juazeiro. (Foto: Reprodução)
Com as prisões de dois jovens e apreensões de dois menores, a polícia elucidou os fatos relacionados com o triplo homicídio em Juazeiro. Dois adolescentes de 15 anos, residentes nos bairros Vila Fátima e Santa Tereza, foram os executores de Patrícia Andrade do Nascimento, de 27, sua filha Maria Alice Andrade Vieira, de 10, e Maria Cícera Isabel dos Santos Silva, de 15 anos, a Bebel. Os crimes aconteceram na noite de sexta-feira no Bar da Adriana na Rua João Paulo I (Timbaúbas) em Juazeiro.
Os dois jovens presos e autuado em flagrante pelo Delegado de Polícia Civil, Reni Rocha, foram o mecânico Alisson Henrique Xavier, de 20 anos, o "CH", e o motorista por aplicativo Heberton Martins Lopes, o Totó, que completa 30 anos no próximo dia 30 de setembro. O primeiro e um dos adolescentes foi preso na Rua Emídio de Lira (Pio XII), enquanto o motorista "Totó" estava em casa na Rua Nossa Senhora do Carmo no bairro Franciscanos.
Alisson CH usava tornozeleira eletrônica por roubo, é membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) e os policiais apreenderam munições na sua casa na Betolandia. Ele revelou ter sido sondado para os crimes por uma pessoa identificada apenas por João Victor (JV) e outro depoimento aponta como mentor intelectual um homem apelidado por "Cinistro", residente em São Paulo e líder de facção criminosa. A ação é motivada pelo conflito de facções criminosas na disputa por territórios das drogas.
As investigações partiram do depoimento da primeira pessoa presa no sábado no caso Cícero Diego Vitorino Fialho, de 29 anos, o "Birrão", que estava na casa de uma amiga no bairro Betolandia. Ele disse ser membro da facção Massa Carceraria, negou envolvimento nos crimes, falou ser amigo de Adriana (dona do bar) e lidera o tráfico de drogas no bairro Timbaúbas. Inclusive, ficou preso em virtude da existência contra ele de um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas.
Três dias antes, "Birrão" tinha mandado efetuar disparos de arma de fogo numa "boca de fumo" controlada por "Cinistro", no mesmo bairro Timbaúbas, e acredita ter ocorrido uma represália. Os crimes na noite de sexta-feira foram praticados por pessoas encapuzadas que fugiram num Fiat Uno Attractive de cor vermelha, dirigido pelo motorista de aplicativo Totó. Os oficiais investigadores coletaram imagens de câmeras de segurança na área até identificarem a placa do carro.
O motorista admitiu a corrida, parando perto desse local e até confessando ter ouvido estampidos de arma de fogo. Depois, foi deixar alguns pertences do trio numa casa na Avenida Paulo Marques (Bairro Bulandeira) em Barbalha. Posteriormente, cada um nas suas casas por cujo serviço receberia R$ 2 mil. Após as informações, a Polícia Civil chegou até Alisson e os dois menores. Na casa citada, apreenderam balaclava, pistola calibre .40, revólver calibre 38, coletes à prova de bala e bastante munição.
Contra os dois adolescentes já existiam atos infracionais análogos aos crimes de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Agora, foram lavrados novos atos infracionais análogos aos crimes de homicídio qualificado (consumado e tentado) e porte ilegal de arma de fogo na modalidade ocultação. Na audiência de custódia neste domingo (21), o juiz Djalma Dantas Sobreira Junior manteve as prisões dos adultos e mandou internar os menores.
Demontier Tenório
Miséria.com.br
