Indiciado pela PF, prefeito de Campos Sales nega compra de votos e diz que vai se defender na Justiça
- 29/05/2025
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Moésio Loiola - Foto: Júnior Pio/ Alece
O prefeito de Campos Sales, Moésio Loiola (PSB), se manifestou nesta terça-feira (27) sobre o inquérito da Polícia Federal (PF), que o indiciou por corrupção eleitoral e associação criminosa nas eleições municipais de 2024. Em nota, ele negou qualquer envolvimento com ilícitos e afirmou que exercerá seu direito à ampla defesa no curso do processo.
Nem eu e muito menos ele tivemos qualquer participação, envolvimento ou colaboração com qualquer ilícito eleitoral. Mesmo assim, e aceitando os comandos da Justiça, além de colaborarmos com o processo, iremos exercer o direito constitucional da ampla defesa e do contraditório, a partir da provocação judicial, declarou o prefeito.
A investigação da PF foi concluída na última segunda-feira (26) e aponta que eleitores foram beneficiados com dinheiro, cestas básicas, exames médicos, materiais de construção, pagamento de contas e até carradas de água em troca de apoio político. Os indícios foram reforçados por conversas encontradas no celular de um empresário aliado do pessebista.
Em mensagens extraídas do aparelho, Moésio é citado várias vezes. Em uma delas, o empresário afirma: Voto de 150 abaixo, sendo voto certo, não vamos perder um. Em outro, faz referência ao volume de recursos necessários para eleger o pessebista: Moésio gastando na base de um milhão e um pouquinho, sendo bem distribuído, não dá para perder não.
Na nota, Moésio também critica a exploração do caso por adversários políticos: Alerto aos amigos e amigas que não se deixem levar por informações distorcidas e mentirosas levadas a público por alguns poucos, que, inconformados com o resultado das urnas, buscam rediscutir o resultado das eleições na Justiça.
Além de Moésio, o vice-prefeito José Solano Feitosa, dois vereadores eleitos, empresários e dois policiais armados também foram indiciados. Ao todo, 15 pessoas foram apontadas no relatório da PF, que será analisado agora pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que poderá oferecer denúncia à Justiça.
Rogério Brito
Miséria.com.br